Crítica com Humor

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A luta por uma TETA ainda continua - PT racha até para segundo escalão da Câmara.

O racha petista iniciado no processo que levou Marco Maia (RS) à presidência da Câmara dos Deputados ganhou um novo capítulo e deverá chegar ao gabinete de Dilma Rousseff.

A disputa agora é pela vaga petista no grupo de sete deputados que auxiliarão Cândido Vaccarezza (SP), confirmado por Dilma como líder do governo na Casa, apesar da pressão contrária do grupo de Maia.

Na última quarta, a ala do presidente da Câmara definiu, em reunião presidida pelo próprio Maia, que Odair Cunha (MG) será vice-líder do governo na vaga petista.

O problema é que Cunha foi um dos líderes da articulação que tirou Vaccarezza da disputa pela presidência da Casa, ou seja, integra a equipe do adversário interno.

"Acho uma indelicadeza com o líder do governo que chefes de tendências que não representam o conjunto da bancada se reúnam e decidam quem será vice-líder sem incluir nesse processo de discussão o próprio líder do governo. Até hoje ninguém me procurou", afirmou Vaccarezza.

Segundo ele, os sete vice-líderes do governo só serão definidos em março, após o Carnaval. O líder disse não ter discutido nomes, mas integrantes de sua ala trabalham para emplacar José Guimarães (CE).

DECISÃO DE DILMA

Já o grupo de Cunha afirmou que a decisão está tomada em favor do mineiro e que quem decide isso não é Vaccarezza, mas a presidente Dilma. O argumento é utilizado pelo próprio presidente da Câmara.

"Ele [Vaccarezza] não estava na reunião, mas não significa que ele não estava representado. Então não é uma questão de opiniões pessoais, de posições individuais, é questão de opinião do grupo. Essa decisão é uma decisão da presidente."

À Folha Maia completou: "Nós vamos indicar [Cunha] enquanto opinião majoritária da bancada à presidente Dilma e cabe a ela decidir".

Na reunião de quarta-feira, houve a decisão de entregar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante da Casa, para João Paulo Cunha (SP), aliado de Vaccarezza.

Em contrapartida, vários integrantes da ala de Marco Maia foram contemplados, como Arlindo Chinaglia (SP) para a relatoria do Orçamento da União, além da indicação de Odair Cunha.

Líder do governo na gestão Lula, Vaccarezza era o principal nome do PT para a presidência da Câmara, mas acabou atropelado por um racha na corrente majoritária petista, da qual Maia faz parte.

O atual presidente da Câmara conseguiu apoio das outras correntes minoritárias, insatisfeitas, entre outras coisas, com o controle paulista sobre os principais cargos do partido.

Após a eleição de Maia, seu grupo tentou tirar Vaccarezza do posto, mas ele acabou confirmado por Dilma.

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