Com o início das aulas marcado para hoje em 649 unidades de ensino do Distrito Federal, professores se preparam para receber os cerca de 537 mil alunos matriculados na rede pública. Nas escolas, problemas estruturais — alguns considerados graves — farão parte da rotina dos estudantes brasilienses durante 2011. Muitas precisam de reformas, prometidas desde o início do último governo. Entre as escolas condenadas e as reconstruções determinadas pela Justiça a pedido do Ministério Público do DF, há situações de urgência em pelo menos quatro unidades provisórias, construídas em estruturas de madeirite e de telhas de fibra. O governo local anunciou investimentos de quase R$ 3 bilhões para a pasta.
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Descaso: Escola Classe 425 de Samambaia revela a mesma precariedade das últimas décadas |
A unidade, que abrigará 834 alunos e 13 professores, além de 10 temporários, recebeu a visita do mutirão do governo local para o corte de mato e a revisão das redes elétrica e hidráulica. A pintura, como ocorre todo ano, ficou por conta da iniciativa de pais e de amigos da escola. O mesmo grupo se uniu para erguer a sala de orientação pedagógica, construída com tijolo e cimento. Na parte externa, canaletas sem sistema de escoamento acumulam água. “Chove mais dentro da escola do que fora”, contou o diretor do colégio, Manoel Alves Filho.
A diretora da Regional de Ensino de Samambaia, Terezinha Barbosa, explica que a Escola Classe 425 não é a única na cidade em estado emergencial. “Pelo menos outros quatro colégios vão exigir atenção especial. Já existem projetos de reconstrução para alguns, avaliados ainda na gestão anterior, mas até agora não saiu do papel”, lamentou. As Escolas Classe 410 e 108 aparecem como duas prioridades na cidade. E estão na lista de obras planejadas para 2011.
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Estrutura em construção deverá receber os estudantes da Escola Classe 510 do Recanto das Emas |
Ainda no Recanto das Emas, a diretora da Escola Classe 401, Marlene Saraiva Monteiro, espera que a boa notícia também chegue para seus alunos. A escola construída em madeira tem 11 anos e atende 44 turmas de ensino fundamental. “Ano passado, tivemos a promessa de obras para este ano, mas nada foi feito. Acredito que teremos nossa oportunidade em 2011”, comentou Marlene. O processo licitatório para o início da reforma na EC 401 está em andamento desde setembro de 2010.
Desafio
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No Centro Educacional 7 de Ceilândia, alunos reclamam de calor e de barulho causado por falhas na estrutura do teto |
Com a determinação, o CED 7 não teve autorização para abrir novas vagas e começa as aulas hoje com redução nos espaços. “O ano se inicia com dois blocos sem uso por causa da redução das turmas, já que não há novos ingressos”, explicou o diretor do colégio, Firmino Nascimento Neto. O professor explica que há anos as crianças reclamam de calor e de barulho nas salas de aula por causa do teto danificado. “É um desafio lidar com a educação nessas condições”, avaliou.
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No fim do ano letivo, os alunos do Centro Educacional 1 do Cruzeiro Velho ficaram duas semanas sem aula por pane na rede elétrica |
Publicação: 10/02/2011 10:04 Atualização: 10/02/2011 10:30
Cada uma das 17 escolas de samba que se apresentará no próximo dia 6, no Ceilambódromo, receberá um valor estipulado pela secretaria de Cultura, de um total de R$ 3,57 milhões. As quatro escolas do grupo de enredo dividirão R$ 200 mil e os oito blocos de rua tradicionais devem partilhar R$ 960 mil, conforme informou a assessoria de imprensa da secretaria de Cultura.
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