Crítica com Humor

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Essa vem do Distrito Federal. Vê aí a prioridade do GDF.

Alunos que voltam as aulas hoje encontrarão escolas em situação emergencial

Com o início das aulas marcado para hoje em 649 unidades de ensino do Distrito Federal, professores se preparam para receber os cerca de 537 mil alunos matriculados na rede pública. Nas escolas, problemas estruturais — alguns considerados graves — farão parte da rotina dos estudantes brasilienses durante 2011. Muitas precisam de reformas, prometidas desde o início do último governo. Entre as escolas condenadas e as reconstruções determinadas pela Justiça a pedido do Ministério Público do DF, há situações de urgência em pelo menos quatro unidades provisórias, construídas em estruturas de madeirite e de telhas de fibra. O governo local anunciou investimentos de quase R$ 3 bilhões para a pasta.

Descaso: Escola Classe 425 de Samambaia revela a mesma precariedade das últimas décadas (Kleber Lima/CB/D.A Press )
Descaso: Escola Classe 425 de Samambaia revela a mesma precariedade das últimas décadas
Algumas delas foram erguidas há mais de 20 anos para receber temporariamente alunos de ensino fundamental, mas até hoje são usadas. É o caso da Escola Classe 425 de Samambaia. Construída em 1990, ela tem a mesma estrutura há duas décadas. As tábuas de madeira, finas e descascadas pelo tempo, formam as longas paredes da instituição, continuamente retocadas pelos funcionários nos últimos anos.

A unidade, que abrigará 834 alunos e 13 professores, além de 10 temporários, recebeu a visita do mutirão do governo local para o corte de mato e a revisão das redes elétrica e hidráulica. A pintura, como ocorre todo ano, ficou por conta da iniciativa de pais e de amigos da escola. O mesmo grupo se uniu para erguer a sala de orientação pedagógica, construída com tijolo e cimento. Na parte externa, canaletas sem sistema de escoamento acumulam água. “Chove mais dentro da escola do que fora”, contou o diretor do colégio, Manoel Alves Filho.

A diretora da Regional de Ensino de Samambaia, Terezinha Barbosa, explica que a Escola Classe 425 não é a única na cidade em estado emergencial. “Pelo menos outros quatro colégios vão exigir atenção especial. Já existem projetos de reconstrução para alguns, avaliados ainda na gestão anterior, mas até agora não saiu do papel”, lamentou. As Escolas Classe 410 e 108 aparecem como duas prioridades na cidade. E estão na lista de obras planejadas para 2011.

Estrutura em construção deverá receber os estudantes da Escola Classe 510 do Recanto das Emas (Kleber Lima/CB/D.A Press )
Estrutura em construção deverá receber os estudantes da Escola Classe 510 do Recanto das Emas
Outra unidade construída para ser provisória comemora o início do ano com melhores perspectivas. Após 9 anos de aulas dadas sob telhados simples, a Escola Classe 510 do Recanto das Emas está de mudança marcada para a nova sede, que está sendo construída na quadra próxima, a 511, e tem entrega prevista para agosto deste ano. “Pretendemos retomar as aulas após as férias do meio do ano na nova escola”, disse a vice-diretora do centro de ensino, Benilde dos Santos.

Ainda no Recanto das Emas, a diretora da Escola Classe 401, Marlene Saraiva Monteiro, espera que a boa notícia também chegue para seus alunos. A escola construída em madeira tem 11 anos e atende 44 turmas de ensino fundamental. “Ano passado, tivemos a promessa de obras para este ano, mas nada foi feito. Acredito que teremos nossa oportunidade em 2011”, comentou Marlene. O processo licitatório para o início da reforma na EC 401 está em andamento desde setembro de 2010.

Desafio
No Centro Educacional 7 de Ceilândia, alunos reclamam de calor e de barulho causado por falhas na estrutura do teto (Kleber Lima/CB/D.A Press )
No Centro Educacional 7 de Ceilândia, alunos reclamam de calor e de barulho causado por falhas na estrutura do teto
Entre os centros de ensino citados pelo Ministério Público do DF, as principais exigências dizem respeito às normas de proteção contra incêndio e pânico e problemas elétricos e hidráulicos. Em dezembro, o órgão determinou a reconstrução do Centro Educacional 7 de Ceilândia pela Secretaria de Educação do DF em um ano. A reforma deve sanar as falhas estruturais, de instalação, de segurança e de conforto sob pena de multa diária de R$ 5 mil para o Governo do Distrito Federal (GDF). Para reconstruir o local, estimam-se que sejam necessários R$ 3 milhões.

Com a determinação, o CED 7 não teve autorização para abrir novas vagas e começa as aulas hoje com redução nos espaços. “O ano se inicia com dois blocos sem uso por causa da redução das turmas, já que não há novos ingressos”, explicou o diretor do colégio, Firmino Nascimento Neto. O professor explica que há anos as crianças reclamam de calor e de barulho nas salas de aula por causa do teto danificado. “É um desafio lidar com a educação nessas condições”, avaliou.

No fim do ano letivo, os alunos do Centro Educacional 1 do Cruzeiro Velho ficaram duas semanas sem aula por pane na rede elétrica (Kleber Lima/CB/D.A Press )
No fim do ano letivo, os alunos do Centro Educacional 1 do Cruzeiro Velho ficaram duas semanas sem aula por pane na rede elétrica
O Centro Educacional 1 do Cruzeiro Velho não está na lista do Ministério Público do DF, mas também sofre com a falta de estrutura. No fim do ano letivo, os alunos ficaram duas semanas sem aula por causa de uma pane na rede elétrica. A central de iluminação que restou está cheia de fios soltos, enquanto as salas de aula mostram tomadas expostas. Nos banheiros e nas salas, há infiltrações no forro e nas paredes. O chão foi construído com tacos na década de 60 e está repleto de falhas e buracos. “Já tínhamos uma reforma prevista, mas que acabou não saindo do papel. A esperança é que ocorra este ano, como prometido”, disse Lúcia Maria Castro, diretora do CED 1.








Secretaria de Cultura libera verba para escolas de samba

Publicação: 10/02/2011 10:04 Atualização: 10/02/2011 10:30

Após atrasos no repasse, a verba destinada às escolas de samba do Distrito Federal está disponível nesta quinta-feira (10/2), conforme garantiu o chefe da Unidade de Administração Geral (UAG) da secretaria de Cultura, Alexandre Rangel. Segundo ele, basta o representante da escola comparecer à secretaria, localizada no anexo do Teatro Nacional, com as notas fiscais em mãos, para receberem o valor firmado em contrato.
O pagamento estava previsto para o dia 31 de janeiro, mas não ocorreu nessa data. Um outro prazo foi dado: quarta-feira, dia 9 de fevereiro, mas também não foi pago. Foi só na manhã de hoje que a verba foi liberada, fazendo do carnaval 2011 o mais corrido da história de Brasília, com apenas 24 dias para preparar fantasias e carros alegóricos. O prazo é menor que o de 2007, quando os carnavalescos tiveram 28 para colocar tudo em ordem para os desfiles.

Cada uma das 17 escolas de samba que se apresentará no próximo dia 6, no Ceilambódromo, receberá um valor estipulado pela secretaria de Cultura, de um total de R$ 3,57 milhões. As quatro escolas do grupo de enredo dividirão R$ 200 mil e os oito blocos de rua tradicionais devem partilhar R$ 960 mil, conforme informou a assessoria de imprensa da secretaria de Cultura.

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